A grande maioria das pessoas deseja emagrecer pelo menos 2 ou 3 quilos e, em alguns casos, a perda de peso nem é necessária. Nestes casos, geralmente se trata de um cuidado mais estético ou preventivo. No entanto, quando alguém atinge a obesidade, a preocupação muda.

O excesso de peso é um problema crescente em todo o mundo — e no Brasil não é diferente. Por essa razão, este artigo traz informações sobre a obesidade, os malefícios à saúde e como é possível aderir a um tratamento eficaz, seguro e racional.

Siga nessa leitura para saber mais a respeito.

O que é a obesidade?

A obesidade é uma condição crônica, que pode ter origem em muitos fatores distintos. Ela é caracterizada pelo aumento excessivo do peso decorrente da desregulação do balanço energético corporal, levando a limitações que vão desde a mobilidade e a socialização, até o prejuízo de funções essenciais à vida e desenvolvimento de doenças.

O aumento dos índices de obesidade e sobrepeso se tornou um problema de saúde pública, chegando à marca de mais de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. No Brasil, essa doença cresceu mais de 70% nos últimos 13 anos e já passa de 41 milhões o número de obesos, segundo o mapa da obesidade da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica).

O que leva uma pessoa a se tornar obesa?

Como vimos há pouco, a obesidade é uma condição multifatorial.

Isso quer dizer que não existe apenas uma causa para o desenvolvimento do excesso de peso. De maneira geral, pode-se falar em alguns pontos-chave causadores da doença:

Menos atividade física

Com o avanço tecnológico, mais tempo é gasto com atividades sedentárias, como usar computador, assistir à televisão e se locomover com automóveis. Os empregos modernos, com funções em que a pessoa fica o dia todo sentada à mesa, substituíram o trabalho manual e com movimentação física.

Maior disponibilidade de alimentos calóricos

O consumo de mais calorias do que o corpo precisa, por um longo período, com alimentos semi preparados, como fast food, contribuem para o aumento do peso. Da mesma forma, a ingestão de bebidas com muita caloria, (refrigerantes, sucos, várias bebidas com café e as bebidas alcoólicas), também contribui para a obesidade.

Predisposição genética

A obesidade tende a ter uma relação com o histórico familiar.

A genética pode afetar a velocidade com que o corpo queima as calorias (em repouso e durante a prática de exercícios). Além disso, afeta também o apetite e a quantidade de alimentos consumidos.

Existem graus de obesidade?

Sim, os graus de obesidade são determinados de acordo com o IMC (índice de massa corporal) de uma pessoa. Esse cálculo também define o peso normal e as condições de sobrepeso, como é possível ver na sequência:

Quais os malefícios associados à obesidade?

Desde o diagnóstico  de sobrepeso, já é provável que algumas pessoas comecem a perceber a manifestação de condições relacionadas ao aumento da massa corporal. Nos obesos, esses problemas ficam mais graves e evidentes. 

As maiores complicações ligadas à obesidade são:

Hipertensão arterial e doenças cardiovasculares;

Aumento dos triglicérides e colesterol, com queda no HDL (o chamado “colesterol bom”);

Doenças cérebro-vasculares;

Diabetes Mellitus tipo 2;

Aumento da insulina;

Câncer;

Osteoartrite;

Distúrbios menstruais e de infertilidade;

Pedras na vesícula;

Dificuldade respiratória;

Distúrbios do sono.

Quais as principais formas de tratamento?

O tratamento para a obesidade depende do grau da doença e das condições de saúde do paciente. De maneira geral, independente do processo mais efetivo, a ser escolhido em conjunto por médico e paciente, ele deve ser sustentado por dois pilares:

Reeducação alimentar e exercícios físicos. 

Para cada um dos tratamentos, é preciso muita cautela. Cada um deles tem ganhos e consequências — e podem ou não ser indicados para cada paciente.

Tratamento com medicamentos

Além de haver poucas opções regulamentadas no Brasil, o uso desse recurso deve ser combinado com dieta e atividades físicas e, ainda, muito bem avaliado, sobretudo do ponto de vista das doenças pré-existentes, que podem provocar reações indesejadas.

Tratamento cirúrgico

A cirurgia bariátrica pode ser a alternativa mais indicada, mas dependem de uma combinação de fatores que necessitam de avaliação clínica e exames sobre as condições de saúde do paciente. 

Seja qual for a conduta ideal para o seu caso, ela só poderá ser definida depois da avaliação de um especialista.

Se você está com excesso de peso e teme evoluir para a obesidade, esta é a hora de procurar ajuda. Se já desenvolveu a condição, ainda é tempo de reverter a situação. Agende uma avaliação. E para ficar por dentro de mais conteúdos relacionados, continue acompanhando o blog.